Cineasta britânico deixa obra inquietante de belas imagens
A plasticidade dos filmes do inglês Parker é cuidadosa e
suave. Vai além da composição da paleta de cores, tem na sombra e na luz uma
forma de afirmação psicológica do personagem em cena. O requinte é certamente
influência da experiência como publicitário. Mas seu jeito de contar histórias
tem um aprofundamento do caráter pouco comum aos que trocam os comerciais pelo
cinema.
A transição aconteceu nos anos de 1970. Como roteirista,
diretor, produtor e até como ator em pontas dos próprios filmes, tornou-se
referência com menos de 20 filmes, ainda que não fosse um colecionador de
grandes prêmios.
Alan Parker e Oscar
O cineasta bateu na trave do Oscar como diretor por duas
vezes. As duas, com filmes baseados em fatos reais: “O Expresso da Meia-Noite”
(1978) e “Mississipi em Chamas” (1988). Foi premiado quatro vezes com o
equivalente britânico, o BAFTA.
O trabalho marcante, no entanto, foi na realização dos
musicais com altas doses de tensão política e social, “Pink Floyd – The
Wall”(1982), “The Commitments” (1991) e “Evita”(1996).
Seu último filme foi “ A Vida de David Gale” ( 2003), em que
Kevin Spacey interpreta um professor militante contra a pena de morte, a ela
condenado acusado de assassinato.
Mas o meticuloso diretor só anunciou o fim da carreira em
2015, por se dizer cansado de ter que brigar com produtores e roteiristas para
fazer valer suas ideias.
A morte de Alan Parker foi anunciada nesta sexta-feira (
31/07) pela família. A causa não foi revelada.
A filmografia de Parker
Para ver e rever sempre:
·
2003 A
Vida de David Gale
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1999 As
Cinzas de Ângela
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1996 Evita
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1991 The
Commitments - Loucos pela Fama
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1990 Bem-Vindos
ao Paraíso
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1988 Mississipi
em Chamas
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1987 Coração
Satânico
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1982 Pink Floyd - The Wall
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1980 Fama
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1978 O
Expresso da Meia-Noite
· 1976 Bugsy Malone - Quando as Metralhadoras Cospem
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